Público de centenas prestigia Tarde de Campo do 18º ENPDP

Da Redação FEBRAPDP

Público de centenas prestigia Tarde de Campo do 18º ENPDP
Foto: Gabriela Zorzan

Nada menos que 600 pessoas participaram da Tarde de Campo que integrou as atividades do 18º Encontro Nacional do Plantio Direto na Palha (ENPDP) e do 1º Encontro Mundial do Sistema Plantio Direto (EMSPD), realizados entre os dia 5 e 8 de julho, em Foz do Iguaçu, PR. As seis estações preparadas compuseram uma visão rica e didática, sobre diversos aspectos, dos lastros tecnológicos que compõem o Sistema Plantio Direto e seu papel decisivo para a realização de uma agricultura conservacionista hoje no Brasil. Para que se tenha uma ideia, foram montadas 65 parcelas com 15 diferentes alternativas e inúmeros arranjos de culturais como alternativas comerciais e plantio de cobertura.

 

Três estações abordaram alternativas de rotação de culturas, três enfatizaram o solo através de trincheiras. Uma destas ilustrou a dinâmica do carbono e a biologia no solo, a segunda a dinâmica dos nutrientes e a terceira a compactação, com duas trincheiras. Outras duas estações abordaram alternativas de sistema de produção, com Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF) e Sistema Plantio Direto em Hortaliças (SPDH). Houve também um estande do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), fora das estações, que trouxe algumas das ações que realizam na qualificação da agricultura paranaense.

Dinâmica em trincheira conduzida por Marie Bartz – Foto: Gabriela Zorzan

De acordo com Ricardo Ralisch, professor em mecanização agrícola e manejo de solos, Universidade Estadual de Londrina (UEL) e membro da diretoria da FEBRAPDP, a tarde de campo foi organizada visando fortalecer a proposta central do evento Sistema Plantio Direto, preservando o solo, a vida e as gerações futuras, já que hoje há uma convicção de que o SPD adotado de forma integral possibilita que uma atividade agropecuária, mesmo que intensiva, atue positivamente no ambiente e na preservação dos serviços ecossistêmicos. Em suas palavras, uma atividade agropecuária bem executada, baseada no SPD, atua de forma similar à vegetação nativa e, como tal, se torna a melhor alternativa para mitigar os efeitos que levam às mudanças climáticas. Isto, ao ser reconhecido globalmente, se tornará um imenso ativo para nossa agricultura.


“Para tanto, é fundamental que o setor de produção agropecuária; isto é, os produtores e suas estruturas de apoio, como assistência técnica, fornecedores de insumos e tecnologia e consultores, atue fomentando a rotação de culturas e a valorização do solo, que são as lacunas para que tenhamos uma ampla adoção do SPD. E foi com esse pensamento que a Tarde de Campo do 18º ENPDP e o 1º EMSPD foi concebida com seis estações para visitação dirigida, a fim de propiciar ao público acesso a estas informações e permitir que estes temas sejam tratados com mais naturalidade pelo público”, destaca.

 

100 viagens de caminhão

 

Ainda segundo Ralisch, para otimizar a dinâmica no campo, foi oferecido um lanche de almoço no local e para ampliar a confraternização dos participantes, foi realizado um happy hour campal, ambos fornecidos pela Django. Toda a estrutura foi montada na área experimental da Escola Agrícola Manoel Moreira Pena, que além de oferecer a área, deu grande apoio operacional, incluindo os estudantes que atuaram como monitores, professores e técnicos.

 

“Na área foram montadas 14 barracas, instalados seis banheiros químicos e um banheiro container, de melhor qualidade e higiene em função das refeições, toda instalação elétrica para os sistemas de áudio e iluminação e a abertura de cinco trincheiras, incluindo uma trincheira de boas vindas, por onde todo o público passou na chegada. Para tais trincheiras foram consumidas 40 horas de máquina e cerca de 100 viagens de caminhão para retirada da terra. Foram implantadas 65 parcelas com 15 diferentes alternativas e inúmeros arranjos de culturas para esta época e para a região, entre alternativas comerciais e de cobertura, ilustrando uma grande quantidade de opções propícias”, enumera.

 

Público satisfeito

 

Jeankleber Bortoluzzi, gerente administrativo e coordenador de projetos da FEBRAPDP, explica que a estrutura montada para a Tarde de Campo foi digna da dimensão do evento, que, além de ser comemorativo dos 50 anos do início do SPD no Brasil e na América Latina, foi o 1º Encontro Mundial do Sistema Plantio Direto. “Para que isso acontecesse foi necessário um envolvimento coletivo, sendo criada uma comissão organizadora da Tarde de Campo, com representantes da FEBRAPDP, da Escola Agrícola Manoel Moreira Pena, do IDR-PR, da Embrapa Soja e da Unioeste. Além do envolvimento da escola, que ofereceu o espaço, sua estrutura e seus professores, funcionários e alunos, tivemos apoio direto da FEBRAPDP, da Embrapa Soja e, principalmente, do IDR-PR, que ofereceu insumos, maquinário e pessoal técnico para a implantação das estações”.

 

Ele prossegue: “houve grande participação do público, estimado em 600 pessoas. Do ponto de vista da organização, a dinâmica da Tarde de Campo funcionou precisamente, sendo que a proposta de oferecer almoço no local facilitou a concentração do público e sua divisão em grupos. A trincheira de boas vindas cumpriu com o seu propósito, os tempos em cada estação e os deslocamentos entre estas foram cumpridos e adequados à proposta, fato que contou com o apoio dos monitores que desempenharam bem este papel e o happy hour campal deu um toque final de confraternização de todos os envolvidos. Conversando com os palestrantes, todos manifestaram contentamento com a dinâmica e com a participação do público, o que denota termos atingido os principais objetivos com a Tarde de Campo do 18º ENPDP e o 1º EMSPD”, conclui Bortoluzzi.

 

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