Plano ABC marca uma década de inovação em agricultura sustentável no Brasil

Por Cristina Tordin, Embrapa Meio Ambiente

Plano ABC marca uma década de inovação em agricultura sustentável no Brasil
Livro O Plano ABC – Imagem: Divulgação Embrapa Meio Ambiente

Comemorando uma década de progresso notável, o Plano ABC (Agricultura de Baixo Carbono) se estabeleceu como um marco na jornada do Brasil rumo a práticas agrícolas mais sustentáveis e eficientes em termos de carbono. O livro "O Plano ABC – Dez anos de sucesso e uma nova forma sustentável da produção agrícola" traz um olhar detalhado sobre os avanços significativos alcançados desde a sua implementação, destacando o compromisso do país com a mitigação das mudanças climáticas e a adaptação a uma economia de baixo carbono na agricultura.

Ao longo de sua trajetória, o Plano ABC impulsionou a adoção de uma variedade de tecnologias avançadas, ancoradas em uma base técnica e científica robusta, ao mesmo tempo em que levou em consideração os impactos econômicos, ambientais e sociais. Este esforço coletivo não apenas promoveu uma transformação no setor agrícola brasileiro, mas também elevou a conscientização sobre a importância crítica da sustentabilidade ambiental e da agenda climática. O foco na sustentabilidade e na alimentação segurança faz do Plano de Agricultura de Baixo Carbono uma referência global, único em seu escopo, amplitude e alcance.

Por meio de uma abordagem inovadora e otimista, o Plano ABC consolidou-se como um exemplo a ser seguido, demonstrando que é possível enfrentar os desafios das mudanças climáticas com soluções pragmáticas e sustentáveis. Este livro não apenas documenta uma jornada de sucesso, mas também serve como um testemunho do potencial de transformação da agricultura brasileira em direção a um futuro mais verde e sustentável.

Pesquisadores da Embrapa e seus parceiros, por meio das ações da Plataforma Multi-institucional de Monitoramento das Reduções de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) na Agropecuária (Plataforma ABC), situada na Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), contribuem para o Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas (Plano ABC), desenvolvendo metodologias e estratégias para monitorar os avanços e os resultados desta política pública. 

De acordo com o pesquisador Celso Manzatto, da Embrapa Meio Ambiente, coordenador da Plataforma ABC, “o Plano ABC, fundamentado em bases científicas e tecnológicas, reuniu as mais eficientes tecnologias produtivas, que resultam em redução dos riscos e aumento da produção, contribuindo ainda para a redução das emissões de GEE”.

Para Carlos Fávaro, Ministro da Agricultura e Pecuária, o sucesso do Plano ABC é resultado de muitas mãos, desde a sua concepção para a sua implementação e monitorização. "Há muitos atores envolvidos no diversas fases desta política que, em suas respectivas funções, permitiram ao Brasil para alcançar os resultados aqui apresentados".

Uma importante ferramenta do ABC foi acomodar esta política com um crédito específico programa de linha denominado Programa ABC, com o objetivo de apoiar a transição do Brasil agricultura brasileira para um nível mais sustentável, conservador de recursos e resiliente, aderindo fortemente às questões ambientais e climáticas que tanto preocupam estudados a nível nacional e internacional.

Por ser operado em todo o país, envolve a efetiva gestão do Ministério da Agricultura e Pecuária em conjunto com atores regionais, resultando na estruturação de uma governança capilar rede integrada na política nacional. O Plano ABC depende do engajamento da sociedade civil e apoio do governo federal, que são fundamentais para permitir a incorporação de financiamento modelos baseados nos elementos técnicos dos sistemas de produção.

As ações propostas no Plano ABC impulsionaram a inovação na área, destacou a importância da ciência nacional e a transferência de conhecimento e colocou o Brasil nas discussões climáticas no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (UNFCCC), fazendo do nosso país um dos seus principais protagonistas.

Autores

Capítulo 1
Luiz Adriano Maia Cordeiro, da Embrapa Cerrados, Giampaolo Queiroz Pellegrino, da Embrapa Agricultura Digital, Gustavo Barbosa Mozzer, pesquisador Assessoria de Relações Internacionais, Elvison Ramos, auditor Fiscal Federal Agropecuário, Katia Marzall, Coordenadora de Inteligência Estratégia para Defesa Agropecuária, Ministério da Agricultura.

Capítulo 2
Mirela Nogueira Costa, consultora autônoma, especialista em mudanças climáticas, agropecuária e sustentabilidade, Fernanda Sampaio, da Embrapa Meio Ambiente, Eleneide Doff Sotta, da Embrapa Amapá, Elvison Ramos, auditor Fiscal Federal Agropecuário.

Capítulo 3
Mirela Nogueira Costa, consultora autônoma, especialista em mudanças climáticas, agropecuária e sustentabilidade, Fernanda Sampaio, da Embrapa Meio Ambiente, Eleneide Doff Sotta, da Embrapa Amapá, Celso Manzatto, Embrapa Meio Ambiente, Sandro Eduardo Pereira, da Embrapa Meio Ambiente, Elvison Ramos, auditor Fiscal Federal Agropecuário, Eduardo Assad, FGV, Ladislau Skorupa, Embrapa Meio Ambiente.

Capítulo 4
Mirela Nogueira Costa, consultora autônoma, especialista em mudanças climáticas, agropecuária e sustentabilidade, Fernanda Sampaio, da Embrapa Meio Ambiente, Eleneide Doff Sotta, da Embrapa Amapá, Katia Marzall, Coordenadora de Inteligência Estratégia para Defesa Agropecuária, Ministério da Agricultura, Willian Goulart, da EWP Consultoria Ambiental.

Capítulo 5
Mirela Nogueira Costa, consultora autônoma, especialista em mudanças climáticas, agropecuária e sustentabilidade, Roberto Soares da Rocha, Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo – SDI, do Mapa, Elvison Ramos, auditor Fiscal Federal Agropecuário, João Cláudio da Silva Souza, Gestor Governamental do Mapa.

Capítulo 6
Mirela Nogueira Costa, consultora autônoma, especialista em mudanças climáticas, agropecuária e sustentabilidade, André Luiz de Carvalho, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Otávio Marangoni Souza, do Centro dos Trabalhadores da Amazônia, Saulo Pastor Santos, da Concatu Consultoria, Fernanda Sampaio, da Embrapa Meio Ambiente, Eleneide Doff Sotta, da Embrapa Amapá.