Carbono e vida no solo são destaques na Tarde de Campo do 18º ENPDP

Da Redação FEBRAPDP

Carbono e vida no solo são destaques na Tarde de Campo do 18º ENPDP
Ilustração: Mycoterra – Fonte: GMicS-Esalq

Sequestro de Carbono no Solo e Biologia do Solo serão os temas da Estação 1, primeira parada da Tarde de Campo do 18º Encontro Nacional do Plantio Direto na Palha. Um das principais atrações do evento, as demonstrações a campo acontecerão no segundo dia, 6 de julho, a partir das 14 horas. À frente desta estação estarão Marie Bartz, bióloga e pesquisadora do Centro de Agricultura Regenerativa e Biológica / CARE-BIO e do Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra (Portugal), e João Carlos de Moraes Sá (Juca Sá), professor do Departamento de Ciência do Solo e Engenharia Agrícola da Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG.

 

Programação completa e Inscrições

Para saber mais detalhes do 18º Encontro Nacional do Plantio Direto na Palha e do 1º Encontro Mundial do Sistema Plantio Direto e também garantir sua participação, visite o site https://plantiodireto.org.br/18enpdp/. Os eventos acontecem entre os dia 5 e 8 de julho de 2022, em Foz do Iguaçu, PR.

 De acordo com Juca Sá, a apresentação da primeira estação versa sobre o manejo do solo visando também, de forma correlata, o manejo do carbono e seus atributos biológicos. “Vamos demonstrar alguns pontos importantes. Destaque para as razões de o carbono ser um componente-chave dos sistemas de produção. Enfim, vamos mostrar como o carbono funciona, como se relaciona, como a estrutura do solo e atributos podem interagir... Isso tem por objetivo trazer para os participantes a compreensão de que é fundamental entender todo esse processo; bem como a ter a percepção de que o carbono é o principal componente para estabilidade e rentabilidade e sistemas de produção”, diz ele.

 Sobre o que será apresentado, Marie explica também que, na Estação 1 "nossa trincheira terá um formato diferenciado, em ‘L’, onde teremos numa linha uma variedade de culturas de cobertura, com sistemas radiculares distintos e que, portanto, afetam de forma diferenciada o solo. Na outra linha, perpendicular, teremos a trincheira para mostrar o perfil do solo na borda do fragmento de vegetação nativa da Fazenda Escola”.

 Segundo ela, a ideia para esta trincheira é conversar e discutir com os participantes sobre a biologia do solo – sua especialidade – e seu papel nos processos químicos e físicos do solo, identificando, junto com o público, traços e indícios no solo que mostram a presença e a atividade dos organismos ali presentes e sua importância para a sustentabilidade agrícola.

“Existe um universo de vida sob os nossos pés e é essa vida que move os processos do solo responsável por manter os nossos ecossistemas e produção agrícola. Através do Sistema Plantio Direto preservamos e conservamos o solo e conseguimos manter toda essa vida que garante os alimentos e saúde de nossas as gerações futuras”, destaca Marie.